Jesus entende você — porque Ele já esteve aí também
Sabe aqueles dias em que tudo parece pesado demais? Quando a alma dói, o coração aperta e o corpo não colabora? Às vezes a gente olha pro céu e pensa: "Jesus, o Senhor entende mesmo o que eu estou passando?". E a resposta é: sim, Ele entende.
Jesus não viveu uma vida de conforto. Ele não era um rei num palácio, isolado do sofrimento humano. Ele foi rejeitado, sentiu fome, tristeza, sede, frustração, angústia, e até chorou. Jesus viveu como a gente. Ele se permitiu sentir tudo, para nos alcançar de verdade.
Logo no começo do ministério, Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, onde "jejuou por quarenta dias e quarenta noites. No final, ele estava morrendo de fome" (Mateus 4:1-2). Olha só... Ele passou por um momento de fraqueza extrema, fisicamente e emocionalmente. Já se sentiu assim? Ele sabe como é.
Depois, em uma ocasião no mar, veio uma tempestade forte, daquelas de assustar pescador experiente. "O barco estava quase afundando. Mas Jesus estava lá, dormindo." (Mateus 8:24). Dormindo! Não porque não se importava, mas porque confiava no Pai. E também porque estava exausto. Jesus dormia porque também se cansava.
Num outro momento, Jesus levou três dos seus amigos mais próximos para orar com Ele. Mas ali, "começou a ficar muito triste e angustiado. Ele disse: ‘Minha alma está tão triste que eu sinto que vou morrer. Fiquem aqui comigo e fiquem atentos’" (Mateus 26:37-38). O Salvador do mundo ficou em pedaços. Já sentiu sua alma pesada? Ele também.
E sim, Jesus chorou. (João 11:35). Chorou pela dor da perda, pela tristeza das pessoas ao seu redor, pelo luto de um amigo. Se você está chorando hoje, saiba que Ele já chorou também.
Jesus também teve seus momentos de indignação. Um dia, ao ver o templo transformado num comércio, "pegou algumas cordas, fez um chicote e começou a expulsar todos do templo... virou as mesas dos cambistas e disse: 'Tirem essas coisas daqui! Não transformem a casa do meu Pai em um mercado!'" (João 2:15-16). Ele não era indiferente à injustiça, e se posicionava quando necessário.
Mas Ele também era pura ternura. "As pessoas estavam trazendo crianças para que Jesus tocasse nelas, mas os discípulos estavam repreendendo. Quando Jesus viu isso, ficou bravo e disse: 'Deixem as crianças virem até mim...'" (Marcos 10:13-16). Jesus não apenas falou, mas "pegou as crianças no colo, as abençoou e pôs as mãos sobre elas." Ele tinha tempo e amor pelos pequenos.
Nos momentos finais da sua vida, Ele foi ficando cada vez mais angustiado. "Jesus levou Pedro, Tiago e João com ele, e começou a ficar apavorado e angustiado. Ele disse a eles: 'Minha alma está em profunda tristeza, quase à morte. Fiquem aqui e fiquem acordados comigo'" (Marcos 14:33-34). Em outro ponto, o evangelho relata: "Jesus estava tão angustiado que orou ainda mais intensamente, e o seu suor caiu no chão como grandes gotas de sangue." (Lucas 22:44). Isso é dor real. Isso é intensidade emocional que só quem vive muito profundamente sente.
Ele chorou pela cidade. "Quando Jesus se aproximou e viu a cidade, ele começou a chorar por ela." (Lucas 19:41). Chorou por pessoas que estavam perdidas, por um povo que não entendia o amor que estava diante deles.
E sim, Ele também sentiu sede: "Sabendo que tudo estava chegando ao fim, Jesus disse: 'Estou com sede.'" (João 19:28). Jesus sofreu no corpo. Jesus sofreu na alma.
E no meio da dor, do cansaço e da frustração com a falta de entendimento dos discípulos, Ele também expressou sua irritação com sinceridade:
“Por que vocês estão preocupados com a falta de pão? Ainda não entenderam nada? Vocês ainda não conseguem ver o que está acontecendo? Não conseguem ouvir?” (Marcos 8:17-18)
E em outro momento: “Essa geração não tem jeito! Até quando vou ter que aguentar vocês?” (Lucas 9:41)
Jesus teve dias difíceis, momentos de frustração. Quando viu uma figueira que não dava frutos, "ele disse à árvore: 'Você nunca mais vai dar fruto!' E imediatamente a figueira secou." (Mateus 21:18-19). Não era um simples ataque de raiva, mas uma resposta simbólica e profética — ainda assim, mostra que Ele reagia como alguém que sentia intensamente.
E no meio de tudo isso, Ele se mantinha compassivo. "Quando Jesus viu as multidões, ele ficou com pena delas, porque estavam aflitas e desorientadas, como ovelhas sem pastor." (Mateus 9:36). Jesus via a dor dos outros — e sentia junto.
No momento da traição, “Jesus ficou profundamente perturbado e declarou: 'Digo a vocês que um de vocês vai me trair’” (João 13:21). Ele conhecia a dor da decepção. E ainda assim, continuou amando.
Mesmo nos milagres, havia empatia. Ao curar o homem surdo, "Jesus olhou para o céu, deu um suspiro profundo e disse: 'Abra-se!'" (Marcos 7:34). Esse suspiro... é o som de quem sente compaixão verdadeira.
E sabe o que Ele espera de nós? Transformação. Ele diz: "Eu repreendo e disciplino aqueles que amo. Então, seja dedicado e mude de atitude." (Apocalipse 3:19)
Jesus não está distante da sua dor. Ele sabe o que é ser traído, abandonado, cansado, faminto, frustrado. Ele sabe o que é ser humano. E por isso, pode te entender como ninguém.
Se hoje você está no deserto, na tempestade, no choro ou na dúvida… lembre-se: Jesus já passou por isso. E Ele está com você agora. Como um amigo que não abandona. Como um Deus que te ama de verdade.
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